Homem se acorrenta a poste por cirurgia da filha
Um morador de Bauru (SP) se acorrentou a um poste em frente ao Fórum da cidade na noite de quarta-feira (6). O ato foi em protesto a uma decisão judicial que negou que o Estado pagasse uma cirurgia à filha dele, de 28 anos.Segundo Donzílio Quaggio Merli, os problemas de saúde da filha já duram mais de 10 anos. Ana Carolina Quaggio Merli sofreu um transtorno esquizoafetivo, acabou se acidentando em casa e sofreu uma lesão na coluna.
O problema evoluiu e ela vive a base de remédios para aliviar a dor. "A dor vem no meio da coluna e irradia para a perna, desce para a perna e eu não tenho firmeza nela, as vezes parece que ela não responde ao comando", conta a jovem. Segundo a família, somente uma cirurgia resolveria o problema. O procedimento custa R$ 400 mil, mas o pai de Ana Carolina conseguiu uma ajuda de um hospital universitário e o estado teria que arcar apenas com um chip, que seria implantado na coluna para ajudar nos movimentos e evitar a dor, que custa R$ 110 mil.
O pai juntou laudos médicos de diferentes profissionais que atendem a filha e em junho, a Justiça concedeu um mandado de segurança obrigando o Estado a operar a paciente no máximo em 30 dias.
Mas, depois de solicitar um levantamento de custos à família, a Justiça recuou na decisão. “A juíza determinou que tem mais recursos para fazer antes da cirurgia. Ela me pediu todos os atestados médicos, que mostram a necessidade da cirurgia, mas não leu”, explica o pai.
Donzílio foi orientado pela polícia a deixar o local, mas como a atitude era pacífica, não houve como obrigá-lo a sair. Ele só deixou o local horas depois e informou que vai recorrer da decisão judicial.
"Nós criamos expectativas, planos acreditamos que a dor dela acabaria, para ela poder seguir a vida dela para agora tudo ir por água abaixo, nós não temos para onde correr", lamenta.
No recurso apresentado à Justiça e que resultou no indeferimento da cirurgia, o estado alegou que existem alternativas de tratamento para o caso de Ana Carolina e que só depois de esgotá-las é que se deve recorrer à cirurgia.
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