ONU alerta para extensão da crise de fome na Somália
A crise de
fome se estende por três outras áreas do sul da Somália e ameaça afetar toda a
região meridional do país, o que requer a cooperação urgente da comunidade
internacional, advertiu nesta sexta-feira em comunicado a FAO (Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação).
A FAO pediu
ações "de forma imediata para salvar as vidas e os meios de subsistência
de milhões de camponeses e criadores de gado no Chifre da África, abalado pela
seca".
A
organização anunciou em Nairóbi (capital do Quênia) nesta semana, por meio de
comunicado, que a crise de fome chegou a três novas áreas na Somália meridional
- nas áreas de Balaad e Adale (no Shabelle Médio), no campo de refugiados
internos de Afgoye e entre a comunidade de refugiados em Mogadíscio.
- As demais
regiões da Somália meridional encontram-se imersas em emergência humanitária
que provocou milhares de mortes.
A emergência
faz parte de uma crise mais ampla provocada pela seca e pelos conflitos na
região do Chifre da África que ameaça as vidas e os meios de subsistência de
aproximadamente 12,4 milhões de pessoas na Somália, Djibuti, Etiópia e Quênia,
e de outros milhões nos países vizinhos.
Segundo a
FAO, a crise de fome deve se estender por todas as regiões do sul (da Somália)
nas próximas quatro ou seis semanas e persistir pelo menos até dezembro. É
necessário um esforço contínuo para iniciar uma resposta imediata, global e em
grande escala, destaca a FAO. Na Somália, existem 3,7 milhões de pessoas em
situação de crise humanitária, das quais 3,2 milhões necessitam ajuda de forma
imediata para se salvar (2,8 milhões de pessoas no sul).
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