sexta-feira, 24 de junho de 2011

Traficantes serão os maiores beneficiados com a legalização da maconha

A legalização da maconha é extremamente negativa para as famílias e para a sociedade. Será um forte estímulo para um grande número de pessoas, principalmente para os jovens – pela sua natural curiosidade, típica da idade –, ingressar no mundo das drogas, experimentando o entorpecente. Até porque, com a liberação da droga, não haverá mais o receio de abordagem policial, que, mesmo não sendo totalmente eficaz, funciona como freio inibidor para vários indivíduos.
Alguém sustenta o contrário? Que não vai haver aumento de consumo e de novos consumidores em razão da liberação da droga? Para quem acredita que basta um trabalho de “conscientização”, pergunta-se: Como as campanhas contra o álcool, em curso há anos, não conseguem resultados positivos? Ou seja, a bebida alcoólica é liberada e existem campanhas de “conscientização”, mas, nunca se bebeu tanto.
Com a legalização, a procura pela maconha aumentará. Essa é a verdadeira prognose. E aqueles que não têm dinheiro para comprá-la, assim como hoje acontece, vão partir, só que com ainda mais volúpia, para furtos e roubos, estimulados que estarão, a saber, que poderão comprar livremente a droga. Legalizada a maconha, preparem novas trancas para suas janelas e portas. O crime patrimonial vai avançar.
Todo mercado busca o lucro
Além da elevação do consumo e do ingresso de novatos no mundo das drogas, muitos jovens serão apresentados a outras substâncias ainda mais nocivas, como o crack e a cocaína, pois não é comum a figura do traficante especializado em maconha; em regra, o traficante dessa droga, culturalmente do submundo, trafica outras também. E como todo negócio que busca o lucro, o que interessa, para o traficante, é vender cada vez mais e oferecer uma gama variada de “produtos” aos seus clientes.
Por um lado, a sociedade e as famílias passarão a sofrer ainda mais; por outro, a legalização da maconha trará amplos benefícios, jurídicos e econômicos, para os traficantes de drogas. Basta conhecer só um pouquinho a lei, as regras de mercado e exercitar a lógica no raciocínio para se chegar a essa conclusão.
A Constituição Federal e o Código Penal determinam que a lei que descriminaliza uma conduta deve ser aplicada, imediatamente, para o benefício dos réus. E essa regra não é só do Brasil, ela é universal. Quer dizer, pelo menos nos países democráticos. Se a lei deixa de considerar criminosa determinada conduta, logicamente não há mais motivo para manter o condenado preso.
Assim, a conseqüência imediata, no dia seguinte à lei descriminalizante da maconha, será a expedição de alvarás de soltura para um número ainda não calculado de traficantes, que vão para as ruas. Repita-se: o primeiro resultado da legalização da maconha é colocar, nas ruas, milhares de traficantes de drogas. E é bom avisar: alguns deles, além do tráfico, dominam outras práticas delituosas também, como matar e roubar.
No campo econômico, legalizada a maconha e libertados os traficantes, quem vai dominar o novo mercado lícito da droga? Obviamente, os traficantes, que, além de saber que vão ganhar muito dinheiro, já possuem o conhecimento da compra, do transporte e dos pontos de distribuição da droga. Com isso, rapidamente, vão monopolizar o negócio. Ou alguém acredita que a rede de farmácias ou de supermercados da esquina vai entrar no negócio de drogas?
Dominado o mercado lícito da droga, pelos traficantes que saíram dos presídios, isso impedirá que eles mantenham o mercado ilícito? Claro que não. Até porque esperar dos traficantes uma “consciência ética” de mercado de droga é, no mínimo, o cúmulo do absurdo. Ademais, se alguém ainda não sabe o comando das drogas hoje ilícitas, entre elas a maconha, está nas mãos das mais terríveis organizações criminosas, que atuam de dentro dos presídios. Alguém espera desses criminosos, que, além de tráfico, matam e roubam alguma “consciência ética” para vender maconha, por exemplo, só para maior de 18 anos?
Tráfico ilícito vai continuar
O mercado de drogas, como qualquer outro mercado, repita-se, é o do lucro. Se traficar ilicitamente for mais rentável, obviamente, o tráfico ilícito continua. Ou alguém honestamente acredita, por exemplo, que os donos do mercado de drogas vão pagar impostos para o Estado? Prova viva de que a legalização da maconha não acabará com o tráfico ilícito é o cigarro contrabandeado do Paraguai. O tabaco é uma droga liberada para maiores de 18 anos. Ocorre que, devido ao seu preço, o mercado negro do cigarro cresce a cada dia. E é impensável que o Governo possa entrar no mercado legalizado da maconha para evitar a mesma ocorrência do cigarro.
Enfim, legalizada a maconha ou qualquer outra droga, quem vai ganhar muito, muito mesmo, serão os traficantes, que vão sair da cadeia e ficarão riquíssimos, rapidamente, pelo monopólio do mercado da droga. E o tráfico ilícito permanecerá a todo vapor.
(*) Evandro Pelarin é juiz da Infância e Juventude de Fernandópolis, no interior de São Paulo

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2 comentários:

Boneco* disse...

Longe de mim compreender todo esse sistema financeiro e jurídico que está envolvido nesse caso polêmico, porém, acho que você deveria conversar um pouco mais com pessoa mais instruídas sobre esses assuntos, expanda seus horizontes, deixe o seu mundo atômico de lado e observe as coisas de uma forma mais holistica, saiba que o todo é maior que a soma das partes.

24 de junho de 2011 às 20:37
Vicious disse...

Inicialmente pude perceber a tamanha relação direta entre as opiniões do autor desta postagem e uma probabilidade da existência de alguns problemas possivelmente causados por vários fatores como dificuldade de inclusão social, por exemplo. Inconscientemente, esses problemas afetam toda a postura intelectual e capacidade cognitiva, a ponto de manipular os interessem em prol de objetivos equivocadamente orientados e limitar a aquisição de qualquer informação obtida através da investigação do mundo ou estudos aprofundados.
A postagem contém erros de formatação e termos inapropriados, o que remetem em uma incoerência com uma vida acadêmica. Seu conteúdo contém pressuposições completamente distorcidas da realidade, opiniões claramente precipitadas e preconceituosas, chegando até a possuírem um teor hostil, revelando um posicionamento radical, dogmático e irracional.
Sugiro algumas pesquisas aprofundadas no assunto, para que não sejam consideradas apenas opiniões políticas corrompidas pelo capitalismo moderno.
Qualquer pessoa que aborda assuntos delicados arbitrariamente, impondo suas considerações como verdade absoluta não tem o menor direito de sequer mencionar a palavra "ética".

@Lombrado - follow me.

24 de junho de 2011 às 23:48

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