Profecia e Jesus
Séculos antes de acontecer, profetas de Deus anunciaram o lugar do nascimento de Jesus, Seu nascimento virginal e a maneira de agir de Jesus, inclusive com menção de Seu nome:
Nascimento: Onde? “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).
Por meio de quem? “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” (Is 7.14).
Como e quem? “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6).
Depois de Sua ressurreição, nosso Senhor Jesus considerou importante que Seus discípulos reconhecessem o valor da profecia bíblica cumprida: “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia” (Lc 24.44-46). Também aqui, pelo exemplo de Jesus, vemos que o importante não era uma fé cega e mística, mas uma comprovação lógica, embasada nas profecias do Antigo Testamento.
Jesus, o Profeta

Será que somos tão cegos como a elite religiosa da época de Jesus?
Em uma conversa noturna com Nicodemos, Jesus refere-se à lógica e ao alvo dos prenúncios proféticos (veja Jo 3.1ss.). Isso é válido também para nós: por meio do acontecimento real de anúncios antecipados concretos, que podemos observar pessoalmente ou cuja confirmação encontramos nos registros históricos, podemos ser conduzidos um passo adiante na nossa vida de fé. Por meio do cumprimento das profecias bíblicas devemos aprender a confiar que igualmente se cumprirá no futuro aquilo que hoje ainda é invisível, a Palavra de Deus celestial? Mas essa confiança é uma questão de fé: “Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3.12).
Jesus Cristo, a Palavra de Deus encarnada, o Filho do Deus vivo (Jo 1.14; veja também 1 Tm 3.16), provou diversas vezes e de diversas maneiras, de forma impressionante, que aquilo que Ele dizia também se cumpriria. Vejamos alguns exemplos: quando os cobradores do imposto para o Templo vieram pedir as duas dracmas devidas, Jesus mandou o pescador profissional Pedro pescar, dizendo-lhe que o primeiro peixe que iria fisgar teria um estáter na boca, ou seja, exatamente o imposto a pagar por duas pessoas (Mt 17.24-27). Que pensamentos será que passaram pela cabeça de Pedro, antes e depois da pesca milagrosa?
Noutra ocasião, quando o histórico “Dia do Messias”, tão significativo no Plano de Salvação, se aproximava, e fez-se necessária uma jumenta com seu filhote, Jesus descreveu com exatidão a dois de Seus discípulos onde os mesmos poderiam ser encontrados e como os circunstantes reagiriam à sua tentativa de soltá-los. Não apenas a previsão de Jesus ocorreu como Ele dissera, mas nessa ocasião também se cumpriu outra importante profecia messiânica, de mais de 500 anos, que havia sido feita em Zacarias 9.9 (veja Mt 21.1-5; Lc 19.29-34).
Que Jesus era o profeta anunciado previamente por Moisés (Dt 18.15), o próprio Senhor Jesus confirmou mais uma vez quando disse a Seus discípulos: “Então, Jesus lhes disse: Esta noite, todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito (em Zc 13.7): Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas” (Mt 26.31). Pois quando Pedro protestou com veemência e auto-segurança: “Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim” (Mt 26.33), Jesus abafou imediatamente seu entusiasmo, declarando: “Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes” (v.34). Mesmo que Pedro tenha proclamado enfaticamente: “Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei” (v.35), cumpriu-se literalmente aquilo que Jesus havia profetizado anteriormente acerca de Pedro e de como ele reagiria (veja vv.69-75).
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